• Inteligência Artificial e o papel do Relações Públicas nesta nova era

    Deparei-me com um artigo muito interessante da Selma Santa Cruz sobre a reinvenção do RP, onde ela traz para o leitor uma análise sobre o papel do profissional no futuro, bem como “a sua relevância estratégica na grande reconfiguração em curso”.

    O artigo publicado na Meio & Mensagem traz como referência desta nova era o comercial do robô Kuka, que disputa uma partida com o alemão Timo Boll, considerado o melhor mesa-tenista da atualidade. O vídeo é uma ótima alusão ao conceito homem-máquina. Você pode conferir aqui.

    O fato é que ultimamente tenho visto muitas matérias comentando a chegada da Inteligência Artificial e suas inúmeras aplicações na indústria, até mesmo na comunicação. Quem já ouvir falar da Cybelle, a primeira chatterbot que simula diálogos? Um exemplo de marca que utilizou a tecnologia foi a Taco Bell, com a criação de um sistema disruptivo chamado Tacobot, que automatiza o pedido de comida do usuário.

    Entretanto, esse formato chega a ser embrionário, já que o consumidor atual em nada se parece com o público consumidor da década de 60, por exemplo, como visto no clássico seriado Mad Men. E esse novo público, seja o jornalista da redação, o usuário final ou o cliente, não quer mais receber mensagens programadas ou ligações fora de hora – esse público busca conteúdo personalizado.

    E com o avanço gradativo da Inteligência Artificial em diversas áreas, acredito que na comunicação corporativa não poderia ser diferente. O profissional de RP não se assemelha em nada ao assessor de imprensa do passado (um passado de menos de uma década) ou ao mero divulgador de releases. O seu papel atual é mais dinâmico dentro das agências de comunicação.

    Atrevo-me a dizer que o follow-up deixou de ser a principal ferramenta de trabalho de um RP, pois devido ao enxugamento das redações criou-se nas agências a necessidade de adoção de novas estratégias. Isso porque o contato tradicionalmente feito pelo telefone perdeu espaço para o relacionamento via chat do Facebook, Whatsapp, Skype e Linkedin. A Internet não se limita em ser uma fonte de entretenimento, mas um comunicador eficaz de produtos/serviços de empresas de quaisquer tamanhos.

    Neste desdobramento tecnológico, as ferramentas de Analytics, assim como a Machine Learning e a Social Listening são cada vez mais necessárias para a análise de dados e geração de conteúdos relevantes em diferentes tipos de canal, sejam eles pago via Branded Content, espontâneo ou por meio dos famosos influenciadores digitais. Afinal, não se trabalha apenas a construção da imagem do cliente dentro da grande imprensa – a digitalização afeta a nossa área e nos torna responsáveis por um storytelling que desenvolva ligações interpessoais e conteúdos multiplataforma de alto valor agregado.

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